sábado, 4 de outubro de 2008

Um conto Maquievelista na Terra Brasillis


Caros leitores deste blog:
Não, este não é nem um amigo meu. Mas, é um homem que deveríamos olhar de perto as suas atitudes e suas obras. Este "cara" chama-se Nicolau Maquiavel e escreveu diversos livros; mas o que mais marcou a história da filosofia política é O Príncipe.
Estou escrevendo este texto e a seguir o conto, porque estamos na reta final da campanha política para a escolha dos prefeitos de nossa cidade e também porque estou fazendo meu trabalho da faculdade sobre as obras deste homem, analisando criticamente todas as suas frases que marcaram uma Itália.
Devemos prestar atenção ao que nossos políticos, do Beto Rigotti ( que minha amiga Carol teceu um comentário bastante interessante sobre a política também) ao nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Leiam este livro com "olhos políticos", tentando resgatar o que Maquiavel está tentando dizer e "linkar" com a política do brasil, bem como a política mundial.
Um abraço para todos e que a força esta com vocês. Não esqueçam de ler o conto abaixo!
Um Conto Maquiavelista na Terra Brasilis
Por Eric Samuel Decussatti
Passa em nossas cabeças que as atitudes dos nossos Príncipes (representantes políticos) são pessoas de bem, de boa índole e bom para com o povo. Não desmerecendo os políticos que são realmente, devemos ver o que realmente os motiva.
O que todos devem saber é que todos ele são bom maquiavelistas, assim como nós também somos quando assim precisamos. Maquiavelistas ou maquiavélicos não no sentido vil, mas no sentido de calcular os seus passos, saber o que falar e como agir em determinada hora.
O nosso país está repleto de exemplos maquiavelistas no govero político. Se eles leram o livro do homem que recebeu este significado no dicionário brasileiro, sabem muito bem do que falo.
Vejamos um exemplo: o nosso atual presidente. Saído do meio do povo, eis que se aproveitou de sua condição ( fortuna) e com um pouco de sorte e merecimento (virtu), galgou cargos na política até chegar onde chegou.
Maquiavel falou sobre este tipo de pessoa:
(...) " começam a firmar a reputação de um dos seus, e fazem-no príncipe para que, à sua sombra, possam saciar seu apetite......(...)....põe-se a prestigiar um homem e aclama-lo príncipe para que este o proteja...."
Sim, o presidente veio do meio de onde bem conhecemos. Lutou ao lado do seus para adquirir os direitos cabíveis e assim, foi escolhido e aclamado para satisfazer a vontade dos seus patrícios. Este tipo de governo que se tem, não não se limita em Brasilis, mas seus vizinhos também. E quanto a este tipo de governo, são os que mais perduram.
Perduram pois o povo em sua maioria está do lado de seu representante. "Il Principato civili" dura muito mais quando há um mártir que o representa.
Em Brasilis, as coisas que ouvimos antes que a própria virtu e a própria fortuna fizessem que o presidente caísse tanto nas graças do povo bem como nas graças das elites, foram esquecidas. Por que? Pela simples razão de o povo ter memória curtíssima e também por uma estratégia muito bem usada. Em escândalos como alguns de longa e extensiva memória se lembram, foram adotadas medidas cautelares para que o povo se aquietasse, devido aos males que seu "príncipe" havia exposto e que provavelmente (ou não), havia praticado. Adotada estas medidas para que o povo esquecesse das coisas vis que os ajudantes do príncipe havam feito e também por sua suposta participação, o mesmo utilizou-se de um golpe fulminante utilizado por muitos que querem alcançar o domínio de um principado:
"(...) O mal, portanto, deve fazê-lo de um jacto, de modo a que a fugacidade do seu acre sabor faça fugaz a dor que ele traz. O bem, por contrário, deve-se concedê-lo pouco a pouco, para que seja melhor apreciado o seu gosto."
Pois bem, foi o que aconteceu. Depois disso, os benefícios incalculáveis vieram fazer parte para o povo comum, que este, esqueceu-se do que havia acontecido.
Em províncias de Brasilis, isso também já ocorreu. Em uma pequena cidade, o seu condottiere eliminou os médicos que trabalhavam ali, isso revoltou o povo que o havia eleito. Este homem usurpou a mesma ideologia maquiavelista: logo após, construiu escolas, arrumou estradas para que o povo visse que ele não é este ser vil. Este homem tornou-se referência na política local. Provavelmente, este leu Maquiavel.
O conselho que este humilde e jovem leitor desta obra fica:
Escolha muito bem que vai o representar, olhe seu histórico, não esqueça o que ele fez no passado, pois, a responsabilidade de tê-lo posto como seu representante lá, é sua! Leia, informe-se, veja como esta pessoa age. Se este lhe parecer bom vote nele. Se o amanhã o tornar perverso, derrube-o.

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